
ABSORÇÃO
O Bupropiom, após administração oral, na forma de comprimidos de libertação modificada, é absorvido no trato gastrointestinal.
Concentração plasmática máxima* atingida após cerca de:
5 HORAS
7 HORAS
8 HORAS
8 HORAS
Não se conhece a biodisponibilidade absoluta do Bupropiom, por não haver nenhuma formulação intravenosa disponível. No entanto, os dados da excreção urinária mostram que, pelo menos 87% da dose de Bupropiom é absorvida.**
A biodisponibilidade sistémica apresenta valores mais baixos, devido a um metabolismo de primeira passagem extenso.
O Bupropiom e os seus três metabolitos ativos apresentam um perfil farmacocinético linear.
*No estado estacionário, os valores da Cmáx e da AUC observados para o hidroxibupropiom são, respetivamente, cerca de 3 e 14 vezes superiores aos obtidos para o bupropiom. A Cmáx do treohidrobupropiom no estado estacionário, é comparável à do bupropiom, e a AUC é aproximadamente 5 vezes superior, enquanto as concentrações plasmáticas do eritrohidrobupropiom são comparáveis às do bupropiom.
**Estudos sugerem que a biodisponibilidade absoluta pode variar entre 5% e 20%.

Os comprimidos devem ser deglutidos inteiros; não devem ser partidos, esmagados ou mastigados, sendo que poderá aumentar o risco de efeitos adversos incluindo convulsões.

DISTRIBUIÇÃO
O bupropiom é largamente distribuído, com um volume de distribuição de aproximadamente 20L/kg.
Ligação moderada às proteínas plasmáticas, aproximadamente de:
84%

METABOLISMO
No ser humano, o bupropiom é extensamente metabolizado no fígado. Foram identificados no plasma três metabolitos farmacologicamente ativos: hidroxibupropiom e os isómeros treohidrobupropiom e eritrohidrobupropiom.
Estudos in vitro sugerem que a isoenzima CYP2B6 é a principal isoenzima envolvida na formação do hidroxibupropiom.
Contrariamente, a formação de treohidrobupropiom, que envolve a redução do grupo carbonilo, não tem o envolvimento das isoenzimas do citocromo P450.
Embora o mecanismo de formação dos isómeros, treohidrobupropiom e eritrobupropiom, não esteja totalmente esclarecido, alguns estudos sugerem que o mecanismo de formação destes metabolitos envolve a ação de enzimas da família carbonil redutases, a nível hepático e intestinal, como a 11β-hidroxiesteróide desidrogenase tipo 1 (11β-HSD1) e a aldo-ceto-redutase 7 (AKR7).

CARBONIL REDUTASES
CARBONIL REDUTASES
Estes estudos sugerem que a enzima 11β-hidroxiesteróide desidrogenase tipo 1, no microssoma hepático, é a principal responsável pela formação do treohidroxibupropiom, enquanto que, a nivel do citosol intestinal, a enzima AKR7 é a responsável pela formação do mesmo metabolito.
Todos os metabolitos ativos apresentam maiores (ou semelhantes) concentrações plasmáticas do que o bupropiom, no entanto, o hidroxibupropiom apresenta metade da potência e os isómeros são 5 vezes menos potentes que o Bupropiom.

ELIMINAÇÃO
O Bupropiom é extensivamente metabolizado, de modo a que apenas 0,5% da forma inalterada de Bupropiom é eliminada na urina ou fezes. Menos de 10% é eliminado na forma de metabolitos ativos.
Tempo de semivida de eliminação médio, aproximadamente de: